segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Acordo garante (?) reivindicações históricas e possibilita reestruturação da carreira

Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDES-SN



Data: 26/08/2011

Calado, governo volta atrás novamente e estende aplicação dos 4% também sobre a RT
Por Renata Maffezoli
ANDES-SN

Mesmo reconhecendo que o acordo proposto não recupera a corrosão dos salários, os docentes decidiram pela assinatura do acordo emergencial com o governo, garantindo assim conquistas de reivindicações históricas da categoria.

“O termo firmado não quita a dívida com os professores devido à corrosão inflacionária dos salários. Garante que isso inclusive voltará a ser negociado. A negociação foi tensa e difícil, mas conseguimos arrancar do governo alguns pontos importantes no sentido de avançar na conquista de uma linha só no contracheque, pondo fim a uma gratificação com potencial produtivista.
O acordo também assegura tratamento igualitário para as duas carreiras e também para os ativos e aposentados. Além disso, agora temos o compromisso de finalmente dar início as discussões no sentido de reestruturar a carreira docente”, destacou Marina Barbosa, presidente do ANDES-SN.

Marina ressaltou a necessidade de a categoria permanecer mobilizada no sentido de assegurar que o termo firmado seja cumprido, dentro dos prazos estabelecidos. “Sabemos que muitos professores queriam um acordo financeiro melhor para a categoria. No entanto, dentro da conjuntura imposta pelo governo aos servidores públicos federais e dos limites na construção da greve na nossa categoria, consideramos que tivemos avanços estruturais significativos nesse processo de acordo emergencial”, observou
A reunião, que estava agendada para às 14 horas desta sexta-feira (26), foi antecipada e teve início às 12h35. Sem mencionar o acontecido e nem retratar-se do impasse que provocou na última reunião (25/8), o Secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento (MP), Duvanier Paiva, apresentou redação inicial do termo de acordo.

O texto retomava a proposta levada para a categoria, de aplicação dos 4% sobre o Vencimento Básico, após a incorporação da gratificação, e também sobre a Retribuição por Titulação (RT), tanto para docentes do Magistério Superior quanto do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (Ebtt), a ser implementada em março de 2012.

O ANDES-SN apresentou alteração no texto da minuta, com algumas ressalvas, principalmente no terceiro parágrafo da cláusula terceira para que ficasse explícito que esta primeira etapa só tratou de parte das reivindicações dos docentes e que seria preciso garantir a continuidade de negociação das reivindicações não tratadas no acordo emergencial.


O documento original apresentado pelo governo vinculava este parágrafo à cláusula seguinte, limitando a continuidade das negociações ao Grupo de Trabalho formado, o que restringia a amplitude do que poderia ser negociado. O ANDES-SN solicitou a reformulação desse parágrafo, o que foi aceito pela outra entidade e pelo governo.
Foi exigido também fixação de um prazo menor para a conclusão dos trabalhos de reestruturação da carreira, que ficou definido em 31 de março do próximo ano. As entidades cobraram ainda que se estipulasse uma data para início dos trabalhos, o qual ficou agendado para 14 de setembro deste ano.

Duvanier Paiva concordou com a proposta do ANDES-SN de que o segundo ponto de pauta da primeira reunião, no próximo mês, seja o decreto que regulamenta a carreira do Ebtt. Pressionado pelos dirigentes sindicais, o representante do governo se comprometeu em solicitar que a publicação do decreto seja adiada para que as entidades possam exprimir opinião sobre o mesmo.


Divergência
Um dos pontos que gerou divergências entre o ANDES-SN e o Proifes foi o teor da cláusula quarta. Enquanto o Proifes exigia que o texto explicitasse que fariam parte do grupo de trabalho as entidades signatárias do acordo, o Sindicato Nacional se opôs firmemente, uma vez que tal redação excluía a presença das demais entidades representativas das categorias envolvidas na negociação.

A atitude foi classificada pelos diretores do ANDES-SN como uma tentativa de excluir o Sinasefe do grupo de trabalho. Para evitar que o texto pudesse levar a essa interpretação, foram incluídos os nomes das entidades presentes e também a garantia de participação das outras partes interessadas. Após tenso debate, os dirigentes chegaram a um consenso de redação.

Confira aqui a íntegra da minuta.

Processo de deliberação
O governo somente apresentou uma resposta quando o ANDES-SN encaminhou a contraproposta emergencial deliberada no 56º Conad.
Depois de uma série de reuniões, no dia 19/8 foi colocada na mesa pelo governo a proposta limite que, apesar de ter repercussão financeira pequena para os professores, sinalizava a recuperação de perdas históricas amargadas pela categoria, representando um avanço estrutural importante no sentido do projeto de carreira defendido pelos docentes.
Preservando o processo democrático de decisão pela base, foram convocadas assembleias gerais das seções sindicais dos docentes das universidades federais para deliberar sobre a proposta apresentada pelo governo e definir rumos imediatos para o movimento.

Durante dois dias, intercalados pelas reuniões com o MP (em 25e 26/8), os representantes do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), se reuniram para avaliar o resultado das assembleias gerais, definir a postura da entidade na mesa de negociação e os encaminhamentos do movimento.
O Setor reconheceu a que a proposta não recupera as perdas salariais impostas à categoria nos últimos anos, e ressaltou que o acordo firmado deveria garantir a possibilidade de retomada das negociações acerca destas perdas e de outras reivindicações constantes na pauta protocolada junto ao governo no início do ano.

No entanto, os professores das Ifes avaliaram estar diante da possibilidade de ganhos estruturais que se aproximam do projeto de carreira defendido pelo ANDES-SN, uma vez que conseguiram que governo atendesse reivindicações históricas movimento docente como o tratamento igualitário para os professores do Magistério Superior e do Ebtt, a eliminação de gratificações com potencial produtivista, contra as quais a categoria sempre lutou, e a aplicação do acordo tanto para os ativos quanto para os aposentados.


Fonte: ANDES-SN

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

uma Greve para a nossa história!

Como dissemos antes,
uma Greve para a nossa história!

Chegamos num momento importante da nossa greve. Alcançamos o 24º dia da maior greve que o nosso Sindicato Nacional promoveu, e com mais de 200 campi paralisados.

E essa não pode e não tem sido uma “greve de pijamas”, onde as pessoas deixam de fazer os atos públicos para pressionar e denunciar o governo federal. São inúmeras as matérias e informes das bases divulgando as atividades de rua. E hoje, dia 24 de agosto, ocorreu uma grande marcha em Brasília que contou com mais de 600 companheiros (as) da base do nosso SINASEFE.

Além da nossa mobilização nas bases e também nesse importante ato público, construímos nestas duas semanas uma articulação política com o CONIF que nos possibilitou a intermediação e realização da primeira audiência do SINASEFE com o ministro da Educação durante nossa greve. Esse momento nos possibilita avaliar quais os reais interesses do governo em atender a nossa pauta, bem como nos remete a um outro patamar na construção do nosso movimento. Agora é aguardar a apresentação de propostas pelo governo e depois disso remeter o resultado dessas negociações para que os trabalhadores e trabalhadoras da categoria possam avaliar o que fazer.

Enquanto fazemos todos os movimentos para o processo de negociação, também devemos intensificar nossa greve, reforçando onde ela já foi deflagrada e fazendo todos os esforços para que ela aconteça nos campi que ainda não paralisaram suas atividades. É chegada a hora de demonstrar para o MEC, MPOG e para o governo em geral que não estamos para brincadeiras ou bravatas, estamos exatamente procurando corrigir uma série de incorreções e desrespeitos que nossa categoria vem passando.

Daqui para frente, depois desta demonstração de força, temos que ter em mente uma única coisa: É POSSÍVEL ARRANCAR VITÓRIAS PARA A NOSSA CATEGORIA E PARA AS NOSSAS INSTITUIÇÕES, SEM PERDER DE VISTA QUE AINDA TEMOS MUITA LUTA PELA FRENTE.

domingo, 21 de agosto de 2011

ÀS VEZES É PRECISO SER DRÁSTICO

Não seja professor!!
Por Almirene Sant Anna (Graduada em Letras com especialização em Língua Portuguesa e Psicopedagogia)

O Ministério da Educação, por intermédio de um dos meios de comunicação mais poderoso, tem veiculado uma propaganda convidando os cidadãos brasileiros a serem professores; ele tenta convencer o telespectador de que essa profissão é uma das melhores do mundo, esquecendo que numa pesquisa nacional realizada há alguns meses, o professor era o quinto profissional mais confiável, atrás - pasmem!- dos advogados. Então, por que ser professor se tornou agora tão especial? Está faltando esse profissional no mercado? Por que será?
Respondendo a esses questionamentos, eu digo:
Não seja professor:

esse profissional perdeu a credibilidade de toda a sociedade;
os empregadores desse profissional não têm o menor respeito por ele, deixam-no amedrontado para lutar pelos seus direitos, acreditando que se fizerem isso terão seu salário cortado, suas férias interrompidas, sua moral em baixa;
as condições de trabalho desse profissional são as piores possíveis, quando ele tem o material não sabe utilizá-lo, pois não recebeu treinamento para isso e quando sabe, não o tem;
ele é vítima do aluno, vítima da comunidade, vítima dos pais dos alunos que não acreditam em seu poder nem em sua autonomia para tomar decisões;
o salário desse profissional em início de carreira é vergonhoso e para o que já tem algum tempo de serviço é desanimador;
para que esse profissional tenha uma vida decente e possa usufruir de um mínimo de conforto, precisa usar o limite do cartão de crédito ou tomar empréstimo consignado, comprometendo ainda mais o salário injusto;
a falta de funcionários de apoio e de segurança deixam esse profissional a mercê de todo tipo de indivíduos: armados, drogados, mal-intencionados;
a carga horária desse profissional, para o tipo de trabalho que exigem dele, é extenuante;
apesar das propagandas falando sobre a qualidade da educação, o que os governantes querem é quantidade: excesso de alunos em sala de aula e sendo aprovados sem ter conhecimento;
a família transferiu para o professor a tarefa de educar, aconselhar, transmitir valores, cuidar da saúde física e psíquica, ou seja, o professor não é mais o mediador do conhecimento;
é sua culpa quando o aluno não aprende, mas não é mérito seu quando ele entra na universidade, o mérito é do “cursinho”;
ele não tem vida própria, vive em função dos que ditam as leis comportamentais, que só são punitivas se o profissional for PROFESSOR;
esse profissional está longe de ser a profissão mais valorizada em nosso país, porque dele tiraram toda a dignidade, o prazer de ensinar, o valor, o respeito, a moral e a perspectiva de um mundo melhor;
apenas o professor universitário (difícil tornar-se um!) ainda goza de certo prestígio na sociedade e, mesmo assim, tem quase todas as razões acima para reclamar.
Ser professor, no Brasil, é menos digno que ser advogado, médico, bombeiro, policial ou estar na vida política. Apesar de nos envergonharmos dos políticos do nosso tempo, somos responsáveis pela formação de todos os profissionais, incluindo esses, mas não somos valorizados por nenhum deles o que tira de nós o desejo de continuar realizando as nossas atividades.

Não queremos convites para ser professor; queremos um país digno que respeite e valorize seus profissionais, não apenas inflando seu ego, mas pagando-lhes um salário digno e dando-lhes melhores condições de trabalho, escolas mais equipadas, funcionários de qualidade, segurança e proteção. Queremos que o governo vincule o Bolsa Família à assiduidade e rendimento do aluno, assim a família vai estar mais presente e atuante na escola, as tarefas serão divididas e a sobrecarga do professor diminuirá e ele poderá, realmente, ser um profissional de VALOR.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

COMPARAÇÃO DOS SALÁRIOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS



A nossa luta continua, não queremos mais que respeito, esse quadro mostra a preocupação da educação do governo com a educação.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Mesa de negociação com o MPOG de 16 de agosto de 2011: intransigência do Governo gera situação de impasse

OBSERVAÇÃO: Embora o Proifes não seja a entidade que representa a nossa categoria (EBTT), creio que estas informações sejam úteis. Gil Vicente, presidente do Proifes: “O Governo trabalha na linha do arrocho salarial, no sentido de que os SPFs brasileiros paguem por aqui a conta da crise internacional.”
A reunião, prevista para as 20h, só foi iniciada às 23h15. Pelo Governo, estavam presentes: Duvanier Paiva Ferreira, Secretário de Recursos Humanos, Marcela Tapajós, Diretora de Rela
ções de Trabalho (SRH/MPOG), e Dulce Tristão (Coordenação Geral de Gestão de Pessoas, MEC). Pelo PROIFES, compareceram: os diretores Gil Vicente Reis de Figueiredo, Presidente, Elenize Cristina Oliveira da Silva, Vice-Diretora Administrativa, e José Eduardo Borges Moreira, Diretor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico; Matilde Alzeni dos Santos e Aparecido Júnior Menezes (ADUFSCar); Carlos Tanezini (ADUFG); Maria Luiza Von Holleben (ADUFRGS); Nilton Brandão e Elcio Martens, (SINDIEDUTEC); Marcelino Pequeno e Vanessa Siqueira de C.Teixeira (ADUFC); Sílvia Lúcia Ferreira (APUB). Como convidada do PROIFES, estava também Lúcia dos Santos Reis, da Direção Nacional da CUT. Pela ANDES, os diretores Luis Schuch e Josevaldo Cunha.
Duvanier agradeceu a disposição de todos de aguardar até aquele horário no MPOG (mais de 23h), dizendo que iria apresentar outra possibilidade de negociação, avisando desde logo: “temos forte limitação orçamentária, que tende para a inflexibilidade, o que significa que podemos fazer diferentes propostas, mas sempre com o mesmo impacto; a crise internacional é forte e precisamos zelar pela estabilidade econômica do país”. Dito isso, enunciou a nova alternativa: substituição da revisão do enquadramento dos professores associados prejudicados em 2006, quando só puderam avançar até associado 1, pela concessão de um reajuste de 4% para os professores da carreira de Magistério Superior (MS), a partir de julho de 2012; os professores da carreira do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) não teriam nenhum reajuste; incorporação das gratificações GEMAS e GEDBT.
O professor Gil Vicente, Presidente do PROIFES, apontou imediatamente que o valor disponibilizado era insuficiente e que, de mais a mais, a proposta apresentada não era aceitável, pois discriminava os professores de EBTT, aos quais propunha um congelamento salarial por 03 anos, de julho de 2010 até junho de 2013. O professor Brandão considerou que a nova sugestão era uma desconsideração flagrante para com os docentes dos Institutos Federais. A professora Matilde pediu ao Secretário Duvanier que explicasse por que a concessão de um reajuste de 4% aos docentes do EBTT, dado apenas em julho de 2012, afetaria de forma severa a estabilidade econômica do Brasil. A professora Maria Luiza disse que o PROIFES trabalha com o princípio do diálogo, da busca do entendimento, mas que para isso é preciso um movimento de parte a parte, o que não estava acontecendo. O professor Gil Vicente insistiu: “Em 2007 e 2008 as negociações com o Governo nos permitiram chegar a um processo de aproximação das carreiras de MS e de EBTT, tendo sido alcançado, naquela época, tratamento equânime para ambas: professores de classes/níveis semelhantes e com igual titulação/regime de trabalho passaram a receber as mesmas remunerações. Por outro lado, a presente proposta caminha exatamente no sentido de quebrar esse paradigma, desconstruindo os avanços conquistados anteriormente”. O professor Tanezini disse que o posicionamento do Governo provocaria uma forte decepção e descontentamento, o que levaria os docentes da sua universidade a considerar a possibilidade de paralisação de suas atividades.
O professor Gil Vicente criticou severamente a política salarial que o Governo demonstra pretender adotar: “A folha dos servidores públicos federais (SPFs) é de cerca de 200 bilhões de reais/ano. Se o Governo pretende tratar o conjunto dos SPFs da mesma forma que está tratando os docentes federais, isto é, dando 4% de reposição num período de 3 anos (julho/2010 – junho/2013), quando a previsão de inflação é de no mínimo 20%, então ao cabo desse período estará subtraindo dos nossos salários 16%, o que equivale a algo em torno de 32 bilhões de reais/ano. Isso significa que o Governo trabalha na linha do arrocho salarial, no sentido de que os SPFs brasileiros paguem por aqui a conta da crise internacional.”
O Secretário Duvanier reagiu a essa afirmativa, argumentando que essa não é a política do Governo.
O professor Schuch disse concordar com a afirmativa do professor Gil Vicente e acrescentou: “O PL 549, que limita os gastos com a folha do funcionalismo, tem sido criticado por todas as entidades sindicais, mas o que o Governo acaba de apresentar é muito pior.”
Ambas as entidades sindicais presentes cobraram do Secretário a apresentação dos impactos da proposta, ao que Duvanier respondeu: “Não posso indicar esses valores, porque a negociação é global. Não há reserva de valores para esta ou aquela área do serviço público, para esta ou aquela categoria.”
O professor Gil Vicente resumiu as divergências do PROIFES em relação à proposta do Governo em duas linhas distintas: “Há dois aspectos totalmente inaceitáveis. O primeiro é o tratamento discriminatório dado aos docentes do EBTT, aos quais não se oferece nenhum reajuste. O segundo é o montante total de recursos disponibilizado, que é baixíssimo. Se essa situação não mudar, haverá uma redução significativa do poder aquisitivo dos nossos salários.” A professora Maria Luiza defendeu mais uma vez veementemente a tese de que os docentes do MS e do EBTT têm que ser tratados de forma igualitária. O Secretário Duvanier disse estar convencido de ela tinha razão, mas que mantinha e não alteraria a postura de que a eventual construção de outras propostas teria que ter o mesmo impacto financeiro da já apresentada. O professor Brandão afirmou que a proposta do Governo mostrava que este não priorizava os Institutos Federais e seus professores, ao propor que estes não tivessem qualquer reajuste nos próximos 3 anos.
Estabeleceu-se um claro clima de impasse, posto que o Governo deixou clara sua intenção de adotar uma política de não reposição do desgaste inflacionário dos salários dos professores de IFES, pelo menos nos próximos 2 anos.
O Secretário Duvanier marcou nova reunião para sexta feira, 19 de agosto, em horário a ser informado posteriormente.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Jornada Nacional de Lutas tem ações em todo o país

Repassando informação dada pela companheira Evelyne:

Atividades começaram nesta quarta-feira (17) e culminarão em um grande ato em Brasília, no dia 24

Entidades sindicais e organizações sociais iniciaram nesta quarta-feira (17) a Jornada Nacional de Lutas. Trabalhadores, estudantes e militantes de movimentos populares realizarão atos, passeatas, paralizações, assembleias e diversas manifestações em todo o país.
As atividades culminarão em um grande ato de encerramento em Brasília (DF) na próxima quarta-feira (24). De acordo com a organização da jornada, “o objetivo da iniciativa é protestar contra os ataques promovidos pelo governo de Dilma Rousseff aos trabalhadores e ao conjunto da população como, por exemplo, o corte de R$ 50 bilhões do orçamento nas áreas sociais”.
Segundo nota da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), que encabeça a organização da jornada, as entidades também se posicionarão contra o projeto “Brasil Maior”, que concede incentivos fiscais às grandes empresas, principalmente, multinacionais.
Além disso, denunciarão a entrega de R$40 bilhões às empreiteiras para as obras da Copa do Mundo e da Olimpíadas. “São bilhões de reais entregues aos empresários, mas são negados reajustes salariais para as categorias que estão em campanha salarial sob o argumento de que ‘é preciso manter a economia estável’ e é vetado o aumento real dos aposentados”, protesta o dirigente da Executiva da CSP-Conlutas, Atnágoras Lopes.
Com a jornada, as entidades visam ainda fortalecer e unificar as mobilizações e as campanhas salariais que já vêm ocorrendo no país.
Marcha das Margaridas
Também em Brasília começou, nesta terça-feira (16), a 4ª edição da Marcha das Margaridas, que reúne cerca de 100 mil trabalhadoras rurais em torno da reivindicação de um novo modelo de desenvolvimento para o país.
Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que organiza a marcha, estão na capital federal militantes ligadas a 27 estados para tratar de temas como combate à violência, igualdade salarial, acesso à creche, regulamentação do trabalho doméstico, atualização dos índices de produtividade e o limite da propriedade da terra. Estão previstas ainda manifestações diante dos ministérios e o lançamento de campanhas contra os agrotóxicos e pela reforma política.
Na terça-feira, as trabalhadoras participaram de sessão solene no Congresso Nacional, onde foram homenageadas por parlamentares. Nesta quarta-feira (17), marcharão do Parque da Cidade até a Esplanada dos Ministérios, onde realizam um ato. Elas também receberão a presidenta Dilma Rousseff no Parque da Cidade, para o encerramento da atividade.
Confira as ações da Jornada Nacional de Lutas nos estados:
Região Sudeste
MINAS GERAIS - Em Belo Horizonte haverá, também na quinta-feira (18), paralisação dos educadores municipais, com assembléia na Praça Afonso Arinos, às 8h, e, ao meio-dia, atos na prefeitura e na Praça Sete.
RIO DE JANEIRO – Na cidade do Rio de Janeiro, a atividade ocorrerá na quinta-feira (18), às 17h, com ato e passeata pela avenida Rio Branco, com concentração na Candelária.
SÃO PAULO – Na sexta-feira (19), às 15h, haverá um ato nas escadarias do Teatro Municipal, no centro da capital paulista.
Em São José dos Campos, os metalúrgicos estão programando uma série de atividades também para a sexta-feira (19). Haverá assembleias e paralisações em fábricas e participação na Grande Marcha pela Dignidade da Moradia, em defesa da legalização de bairros clandestinos.
Região Sul
RIO GRANDE DO SUL - Educadores da rede estadual paralisarão as atividades na próxima sexta-feira (19) em defesa da implementação do piso nacional e dos planos de carreira. Passeatas, atos públicos, visitas a órgãos públicos e outras formas de manifestação deverão ser realizadas em todas as regiões do estado.
Também na sexta-feira, no Gigantinho, em Porto Alegre, será feito o lançamento de um movimento em defesa da educação pública. A atividade acontece a partir das 17h. Após o lançamento do movimento, serão empossadas a nova direção central e as direções de núcleos do CPERS/Sindicato.
Os comerciários de Santa Cruz realizarão manifestações nas redes atacadistas da cidade nesta quarta-feira (17) e na quinta-feira (18)
Região Nordeste
BAHIA - Manifestações estão previstas em Salvador na quinta-feira (18). No sábado (20), ocorre um seminário com a presença da professora Amanda Gurgel, que ficou nacionalmente conhecida após declarações veiculadas no Youtube sobre o desmonte na Educação Publica.
CEARÁ - Em Fortaleza, está prevista uma manifestação das trabalhadoras da confecção feminina para esta quarta-feira (17). Já na sexta-feira (19), estão previstas paralisações no setor da construção civil e manifestações dos rodoviários, além de ato unificado dos trabalhadores da saúde e educadores do estado.
MARANHÃO - Em São Luis, estudantes darão prosseguimento à campanha “Chega de Sufoco – Nenhum passageiro em pé”. Na quinta-feira (18), haverá um ato unificado de trabalhadores, estudantes e diversas entidades.
PARAÍBA - Trabalhadores municipais da cidade de Bayex paralisam as atividades na quinta-feira (18). No dia 19, atos públicos lançarão a campanha pela aplicação dos 10% do PIB para educação pública no estado e os decentes da UFCG (Universidade Federal de Campina Grande-PB) farão paralisação.
PIAUÍ - Em Teresina, haverá um ato com os servidores federais na quinta-feira (18).
RIO GRANDE DO NORTE - Em Natal, bancários realizam uma manifestação na região central nesta quarta-feira (17).
Região Norte
PARÁ - Em Belém, trabalhadores da construção civil realizam uma grande mobilização, chamada pelos operários de “arrastão nas obras”. A Atividade acontece nesta quarta-feira (17). Na quinta-feira (18), haverá também paralisação nas obras realizadas na região central da cidade.
Região Centro-Oeste
DISTRITO FEDERAL - Todas essas manifestações culminarão em uma grande marcha em Brasília na quarta-feira (24). Trabalhadores de diversas regiões país organizam caravanas para participar da atividade.
A Jornada Nacional de Lutas é convocada pela CSP-Conlutas e entidades como Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), CNESF (Coordenação Nacional de Entidades de Servidores Federais), Sinafese (Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Anel (Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre), Cobap (Confederação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil), Fenasps (Federação Nacional dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social) Assibge-SN (Sindicato dos Trabalhadores do IBGE), CPERS (Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Rio Grande do Sul), MTL (Movimento Terra Trabalho e Liberdade), UST ( União Sindical dos Trabalhadores) e Intersindical.

sábado, 13 de agosto de 2011

MANIFESTAÇÃO PÚBLICA UNIFICADA

GRANDE MENIFESTAÇÃO UNIFICADA EM DEFESA DA EDUCAÇÃO DIA 16/08/2011, CONCENTRAÇÃO EM FRENTE À VERDES MARES CARIRI EM JUAZEIRO DO NORTE/CE.

TODOS POR UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA, LAICA, GRATUITA E DE QUALIDADE!!!

EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA, GRATUÍTA, LAICA E DE QUALIDADE - Por Amanda Gurgel

NOVA LIÇÃO DE MORAL: Professora do RN que criticou a educação recusa prêmio de empresários

A professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte, acaba de emplacar mais uma aula de compromisso com a luta por uma educação de qualidade. A educadora que há alguns meses fez um pronunciamento para deputados do RN criticando a falta de prioridade dos governos para com a educação, agora lecionou nova aula de críticas à classe empresarial.

Amanda Gurgel foi escolhida pela classe empresarial para receber o prêmio PNBE (Pensamento Nacional das Bases Empresariais). A premiação é uma das maiores do País e é destinada a personalidades ligadas a defesa de várias categorias no Brasil. A professora negou o prêmio alegando que sua luta seria outra.

Confira abaixo a carta de recusa da educadora e saiba por qual motivo o cobiçado prêmio foi negado por ela.

Natal, 02 de julho de 2011 Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,

Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, "pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação". A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país.

A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.

Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald’s, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.

A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE.

A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.

Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas "organizações da sociedade civil de interesse público" (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal. Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas.

Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.

Saudações,

Professora Amanda Gurgel

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

E SE FOSSE HOJE EM DIA...







Nem o Senhor Jesus aguentaria ser um professor nos dias de hoje....
O Sermão da montanha
(*versão para educadores*)

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado
sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.

Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.

Tomando a palavra, disse-lhes:
- Em verdade, em verdade vos digo:

- Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
- Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
- Felizes os misericordiosos, porque eles... (?)

Pedro o interrompeu:

- Mestre , vamos ter que saber isso de cor?

André perguntou:
- É pra copiar?

Filipe lamentou-se:
- Esqueci meu papiro!

Bartolomeu quis saber:
- Vai cair na prova?

João levantou a mão:
- Posso ir ao banheiro?

Judas Iscariotes resmungou:

- O que é que a gente vai ganhar com isso?

Judas Tadeu defendeu-se:
- Foi o outro Judas que perguntou!

Tomé questionou:
- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?

Tiago Maior indagou:
- Vai valer nota?

Tiago Menor reclamou:
- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.

Simão Zelote gritou, nervoso:
- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?

Mateus queixou-se:
- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!

Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
- Isso que o senhor está fazendo é uma aula?
- Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica?
- Quais são os objetivos gerais e específicos?
- Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?


Caifás emendou:
- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas?
- E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais?
- Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?

Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e os respectivos descritores e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Governo Cid de um ensino de qualidade.
- Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto.
- E vê lá se não vai reprovar alguém!

E, foi nesse momento que Jesus disse: "Senhor, por que me abandonastes?..."

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Proifes e MPOG em fase final de negociação para as carreiras do Magistério Superior e EBTT

ATENÇÃO: secretário deixa claro que não se foi pensando NADA para a EBTT e que o SINASEFE é "uma das entidades que representa a categoria"

(fonte: professor Sérgio dos Santos)

O Proifes, junto com algumas de suas entidades filiadas (ADURGS, ADUFG e o SindiEdutec), e a Andes estiveram reunidos na noite desta terça-feira (09) com o Secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva, para discutir propostas de carreira e recomposição salarial dos docentes de Magistério Superior (MS) e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). A reunião, marcada inicialmente para as 17h, foi adiada para as 21h30.
Na mesa de negociação foram discutidas medidas emergenciais, cujo impacto orçamentário precisará ser previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA). O secretário Duvanier Paiva iniciou a reunião reforçando a necessidade de, neste momento, identificar uma agenda prioritária que atenda o prazo final que o Governo tem para enviar sua proposta de LOA ao Congresso Nacional, que é de 31 de agosto. Segundo o Secretário, o debate continuará após essa data, de forma a contemplar a continuidade das discussões sobre carreira e salários.
O secretário então propôs às entidades dois passos iniciais para a reestruturação da carreira. O primeiro seria a correção das distorções do enquadramento ocorridas por ocasião da criação da classe de Professor Associado, quando os professores doutores só puderam progredir para Associado 1, independentemente do tempo em que estavam represados em Adjunto 4. O segundo passo seria a incorporação da Gratificação Específica do Magistério Superior (GEMAS) ao vencimento básico.



O Presidente do Proifes, Gil Vicente, lembrou que para que a entidade possa assinar qualquer acordo com o Governo, dois princípios básicos devem ser contemplados: o tratamento equânime às carreiras do MS e do EBTT, o que significaria, neste caso, que também a Gratificação Específica de Atividade Docente do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (GEDBT) deva ser incorporada, se a GEMAS o for; e, igualmente, ativos, aposentados e pensionistas têm que receber do Governo tratamento isonômico, o que significaria que os aposentados doutores, ao menos, deveriam também ser reenquadrados como Associados.
Entretanto, Duvanier disse que não se tinha pensado em propostas para o EBTT neste momento, já que uma das entidades que representa a categoria, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE) iniciou uma greve. “Não estamos dizendo que vamos deixar de contemplar a categoria, mas sim que não pensamos em medidas para eles neste momento”.



O Vice-presidente do Proifes, professor Eduardo Rolim, reforçou a necessidade do acordo conjunto. “Achamos que a Carreira de EBTT foi uma conquista desta mesa e julgamos que retroceder neste processo, perdendo a aproximação entre as duas Carreiras não é correto. Há um prejuízo claro já que a Carreira do MS é uma das poucas carreiras que não teve sua reestruturação após a Constituição de 1988 da mesma forma que ocorreu para a Carreira de EBTT. Para nós é um retrocesso perder essa aproximação e não tratar a questão das GEDBT”, complementou.
Rolim também lembrou ao secretário que, em 2006, os docentes aposentados não tiveram a possibilidade de enquadramento na classe de Associado, assim como os professores da ativa. Duvanier disse que este reenquadramento é um procedimento questionável do nível técnico e jurídico, mas que é necessário discutir caso a caso. “Não é normal, mas não está totalmente descartada. Vamos manter o tema no debate”.
A Profª Rosana Borges, Presidente da ADUFG-Sindicato disse que não é possível falar-se apenas em reenquadramento dos adjuntos para associado sem considerar os professores que foram mais prejudicados na negociação anterior, que foram os menos titulados e mais antigos, para os quais se propõe apenas a incorporação da GEMAS, sem uma efetiva compensação para os prejuízos que estes sofreram, o que foi reforçado pela Profª Maria Luiza Von Holleben, Presideninte da ADUFRGS-Sindical.



O Prof. Nilton Brandão, Presidente do Sindiedutec, se manifestou fortemente no sentido de que o Proifes representa os professores do EBTT, assinou o acordo da criação da Carreira e que tem toda a legitimidade para negociar acordos para os professores do EBTT. O Secretário assentiu afirmando que entende que são os trabalhadores é que escolhem qual entidade lhes representa.
O Proifes mostrou a seguir que as propostas do governo atendiam apenas um pequeno percentual de professores, posto que os mais jovens, que são hoje a maioria da categoria não receberão nada (0%) de reajuste com a incorporação da GEMAS e da GEDBT, pois não têm anuênios e que apenas um pequeno número dos aposentados seria beneficiado com o reenquadramento, apenas os doutores. É preciso um terceiro movimento, de recomposição salarial para todos, afirmaram os representantes da entidade, dizendo que o Proifes sempre foi e continuará sendo a favor da incorporação da GEMAS e da GEDBT e com o reenquadramento, mas que apenas estas duas medidas, mesmo que o governo atenda os pleitos citados de inclusão da incorporação da GEDBT e do reenquadramento dos aposentados, essas propostas não contemplam o conjunto da categoria, e que o Governo tem que atender a todos os professores, das duas Carreiras, ativos e aposentados.



O Proifes questionou ainda como se dará o debate sobre a equiparação da carreira  com a de Ciência e Tecnologia. Em resposta, o secretário afirmou que o atual governo tem um compromisso de fazer a reestruturação da carreira e que este posicionamento está expresso desde o governo passado. “Em relação a isto, tínhamos pensando na criação de uma nova classe, a princípio, vinculada a esta demanda. Entretanto, como as entidades são contra, teremos que levar para debate, pois nós não faremos nada que não tiver acordo. Nem para mais, nem pra menos”, afirmou o secretário.
O Proifes reforçou seu posicionamento de que, ser flexível em algumas medidas apresentadas pelo governo na mesa de negociação para o prazo da LOA, não significa que esquecerá a pauta de reivindicação apresentada na proposta do Proifes ao MPOG.
”Somos a favor da incorporação das gratificações e das GEMAS, desde que também sejam incorporadas as GEDBT; concordamos com o enquadramento dos associados, que está na nossa proposta, desde que os aposentados tenham o mesmo tratamento; mas queremos que sejam atendidos também os professores jovens, que até o momento não foram contemplados pelo governo na atual proposta apresentada”, afirmou Eduardo Rolim.
Duvanier finalizou a reunião propondo uma próxima reunião, que foi marcada para segunda-feira (15), às 19h.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

GREVE Ato público QUARTA-FEIRA (dia 10) - DIVULGUEM!


Companheiros,

Amanhã, quarta-feira dia 10, iremos realizar um grande ato público iniciando-se às 07h30min na praça da Caixa Econômica, no centro.

É vital a participação de TODOS  os servidores para que o nosso movimento tenha força para conquistar o apoio da sociedade, sendo mais fácil nossa negociação em Brasília.

NOSSAS REINVIDICAÇÕES:

1 Reajuste emergencial de 14,67% (Inflação - IPCA + Variação do PIB);
2 Destinação de 10% do PIB para a educação publica;
3 Reestruturação da carreira docentes e do PCCTAE;
4 Democratização das Instituições Federais da educação básica, profissional e tecnológica;
5 Comprimento já da legislação sobre questões funcionais dos servidores da rede federal de ensino com a revogação das instruções e orientações normativas em contrário;
6 Pela manutenção e ampliação de concursos públicos para docentes e técnicos administrativos em educação da nossa rede;
7 Contra a precarização da função docente com o estabelecimento dos contratos temporários em substituição aos professores /as substitutos e para ocupação de vagas ociosas de docentes do quadro permanente das Instituições Federais de ensino;
8 Trinta horas semanais para os técnicos administrativos de toda rede federal de ensino;
9 Estabelecimento já de um GT com a participação do governo, SINASEFE, FASUBRA  e reitorias para a discussão sobre as terceirizações nas IFES;
10 Equiparação do auxílio alimentação dos servidores da rede federal de ensino com o auxílio alimentação dos servidores do congresso nacional, judiciário e tribunal de contas, pelo maior valor;
11 Implantação de um GT, com a participação do MEC e SINASEFE, para discutir a normalização, concessão e valores de benefícios como auxílio maternidade, saúde e pré-escola.

Registro de frequência durante a greve

Companheiros,

Conforme orientação jurídica, repassado pelo SINASEFE nacional em cartilha de greve do serviço público, o movimento grevista precisa adotar algumas precauções. Existe a necessidade de comparecimento dos servidores grevistas ao local de trabalho durante a greve cumprindo sua jornada de trabalho (sem realizar suas funções obviamente). Visando cumprir as orientações, a seção sindical de Iguatu irá adotar um ponto paralelo a ser preenchido diariamente pelos grevistas, buscando auxiliar na discussão acerca da remuneração relativa aos dias de paralização afastando a eventual tentativa de configuração dos dias parados como faltas injustificadas ao trabalho.

Utilizaremos dois livros de ponto, que serão coordenados pelo Comando de Greve e ficarão nas duas unidades do campus Iguatu (Areias e Cajazeiras).

domingo, 7 de agosto de 2011

Proifes segue negociação com MPOG sobre carreira docente

Observação: o PROIFES representa as universidades, cuidado.

 (Fonte: Prof. Sérgio dos Santos)

3 de agosto de 2011

Na tarde de terça-feira (02), o Proifes, junto com representantes da ADURN (Rio Grande do Norte), APUB (Bahia) e ADUFC (Ceará) estiveram reunidos com o Secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvaneir Paiva, para negociar melhorias nas carreiras dos docentes da Instituição Federal de Ensino Superior e do Ensino, Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT).

As entidades e o governo buscaram um consenso sobre quais propostas prioritárias devem estar contempladas no orçamento governamental do próximo ano. De acordo com o secretário, a mesa de negociação terá que trabalhar com duas propostas específicas, uma emergencial, que atenda o prazo da Lei Orçamentária Anual de 31 de agosto e outra que discuta, em médio prazo, as pautas divergentes entre Proifes e Governo.
Na reunião de ontem, foram desenhados vários cenários de consenso, entre eles, uma possível eliminação das classes de Auxiliar e Assistente – com o devido enquadramento destes docentes na classe acima e o correspondente aumento do piso – proposta pelo Proifes. Apesar de ser contrária à do governo, que propõe a inserção de mais uma classe no topo da carreira, o secretário ficou de avaliar a sugestão.
Entre os pontos defendidos pelo Proifes está a reposição salarial da inflação de 2010 e 2011, e conforme compromisso firmado no VII encontro da entidade, esta não assinará com o governo, acordo que não contemple as duas carreiras de forma equiparada. O Proifes também busca a equiparação com a carreira de Ciência e Tecnologia, garantia da isonomia para os professores aposentados. “Vamos flexibilizar algumas propostas neste momento para que entrem no orçamento de 2012. Mas vamos continuar com as negociações ao longo do ano”, afirmou o presidente do Proifes em exercício, Eduardo Rolim.

O secretário Duvaneir Paiva agendou para o dia 09 de agosto, às 17h, reunião da mesa de negociação para analisar os pontos consensuais e, assim, fechar uma proposta que seja contemplada na Lei Orçamentária Anual do próximo ano.
O relato completo desta reunião será disponibilizado posteriormente no site do Proifes.

sábado, 6 de agosto de 2011

É TEMPO DE LUTA

ATÉ QUANDO?

Composição: Gabriel o Pensador, Itaal Shur e Tiago Mocotó

Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Rindo da própria tragédia
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Pobre, rico ou classe média
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
muda que o medo é um modo de fazer censura
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente
O seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante
Você tá sem emprego e a sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo
Você que é inocente foi preso em flagrante!
É tudo flagrante! É tudo flagrante!!
A polícia
Matou o estudante
Falou que era bandido
Chamou de traficante!
A justiça
Prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado
E absolveu os PMs de Vigário!
A polícia só existe pra manter você na lei
Lei do silêncio, lei do mais fraco
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco
A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que é pra você não ver que o programado é você!
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá
Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar
Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar!
Escola! Esmola!
Favela, cadeia!
Sem terra, enterra!
Sem renda, se renda! Não! Não!!
Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!
Até quando você vai ficar levando porrada,
até quando vai ficar sem fazer nada?

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Não precisamos mais de professores

Contribuição do nosso colega Eleudson:

Não precisamos de Professores
 

Não precisamos de EDUCAÇÃO
Não precisamos de PROFESSORES
Afinal...
Para que ser um país de 1° MUNDO se está bom assim.
Ronaldinho Gaúcho: R$ 1.400.000,00 por mês.
"Homenageado na Academia Brasileira de Letras"... LETRADO ELE

Tiririca: R$ 36.000,00 por mês, fora os auxílios e mordomias;
"Membro da Comissão de Educação e Cultura do Congresso"...COMO DIZ OS GAUCHOS 
- TCHÊ...  QUE TAL?
TRADUZINDO, O SALÁRIO DO PALHAÇO AI, PAGA SÓ 30 PROFESSORES, E PARA AQUELES QUE ACHAM QUE EDUCAÇÃO NÃO É IMPORTANTE, CONTRATA O TIRIRICA PARA DAR AULA PARA SEU FILHO.

Um funcionário da Sadia (nada contra) ganha hoje o mesmo salário de um ACT ou um professor iniciante, levando em consideração para trabalhar na empresa você precisa ter o fundamental, ou seja, de que adianta estudar, fazer pós e mestrado?

Piso Nacional dos professores: R$ 1.187,00...
Moral da História:
Os professores ganham pouco, porque só servem para nos ensinar coisas inúteis como: 
                   ler, escrever e pensar.
Sugestão:
Mudar a grade curricular das escolas, que passaria a ter as seguintes matérias:
- Educação Física: Futebol
- Música: Sertaneja, Pagode, Axé
- História: Grandes Personagens da Corrupção Brasileira
                 Biografia dos Heróis do Big Brother
             Evolução do Pensamento das "Celebridades"
- História da Arte: De Carla Perez a Faustão
- Matemática: Multiplicação Fraudulenta do Dinheiro de Campanha
Cálculo Percentual de Comissões e Propinas
- Português e Literatura:
??????????????????????? Para quê??????????? ???????????
- Biologia, Física e Química:
 Excluídas por excesso de complexidade
Está bom ou quer MAIS!!!!!!!!!!!!!
ESSE É O NOSSO BRASIL
Passem esta mensagem a TODOOOOOOOOOOOSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
O UNIVERSO SEMPRE CONSPIRA A MEU FAVOR...
  
Eveline Linhares

Especialista em Educação Especial e Inclusão, Mestranda em Ciências da Educação

(88)99558561

CRATO também adere à greve

O campus Crato deciciu em assembléia realizada hoje pela manhã (05/08) que também vai aderir à greve. Boa notícia já que havia rumores que o campus ficaria de fora do movimento.

Imagem